Na verdade, a corrupção tem sido um mal que vem acompanhado o nosso desenvolvimento desde a colônia até os dias de hoje e se constitui no grande entrave para a construção de um país justo. O que aconteceu no Ministério dos Transportes é apenas uma pequena amostra do que acontece nos variados órgãos da administração publica, dispersos por todo o território nacional. Ou se tem à mão o dinheiro da corrupção ou não caminham as obras necessárias ao progresso do País.
A era Lula foi um tempo de alegria e de corrupção. Um ministro mais ligado do que outros ao ex-presidente Lula já disse que a vassoura não irá além daquilo que os jornais anunciaram. É, sem dúvida, um alerta para que a limpeza não alcance outros setores. E tanto mais claro, quando a determinação vem de um ministro que é a própria voz de Lula na alta administração federal.
Mas a corrupção não é de hoje e o povo não compactua com ela. Houve, décadas atrás, um candidato à Presidência da República que se elegeu com o símbolo da vassoura. O povo se sente impotente na luta contra a corrupção e por isso mesmo dá seu apoio irrestrito aos movimentos que objetivam expurgá-la.
A corrupção, como é retratada pelo noticiário de todos os dias, tornou-se lugar comum em decorrência da tolerância com seus efeitos e, em conseqüência, pela impunidade que abrange corrompidos e corruptores. Aliás, fala-se sempre nos corrompidos, esquecendo-se dos poderosos que acionam os mecanismos por meio dos quais torna-se possível o assalto aos cofres públicos.
Na verdade, a corrupção no Brasil só aparece com relação aos corrompidos. Dos corruptores não se fala. O próprio Ministério Público escolhe os corrompidos para punir, esquecendo-se de que não existem corrompidos sem corruptores. E o mesmo acontece na imprensa, quando os corruptores sequer aparecem no dia a dia dos noticiários. E sem corruptor não há que falar em corrupção.
Caberia, sem dúvida, ao Ministério Público, sair a campo e lavar os ínvios caminhos percorridos por quantos se servem da coisa pública para encher os bolsos com o dinheiro de um povo que só é lembrado nos palanques eleitorais e, em seguida, desaparecido no esquecimento.
Se os meios de comunicação de massa, como o rádio e a TV, tomassem a peito esclarecer a opinião publica, talvez pudéssemos encontrar os veículos imprescindíveis a por um ponto final nessa dança cruel da corrupção/impunidade.
É fato que a corrupção não é um lugar comum para os brasileiros, mas se nada for feito, vai ser comum ser corrupto.
ResponderExcluirA figura mais próxima que tinha quer nos transmitir segurança, hoje nos faz sentir medo, que é a policia militar.
Fico indgnado quando os programas de tv hoje procuram ganhar audiência pelos crimes ocorridos, ganhando tempo com palavras de acusação sobre o crimonoso detido, mas e os policias que estão na rua buscando propina, tirando do trabalhador o que levou o mês inteiro para ganhar? Se aceitou ser PM, estava ciente do salário que ia ganhar, não tem que usar a renda baixa como desculpa, se comparando ao bandido que usa o pretexto da falta de oportunidade para roubar.